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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

E porque estamos de novo no Natal...

O final do ano dirige-se para nós a passo apressado. Daqui a nada estamos no Natal e depois é apenas um pulinho de criança até termos que comprar uma agenda nova. Sim, sou dos poucos que ainda prefere papel e caneta ao dedo e ecrã de telefone.

Nesta altura ainda assistimos ao frenesim que antecede o Natal, mas já se começam a ouvir algumas pessoas a entrarem na sua catarse anual e a entoarem aos céus:

"Ano Novo, Vida Nova"

Ufff…. Serei o único que já está farto de ouvir esta frase? O Ano pode ser Novo, mas a Vida, é sempre a mesma!
Sim, é verdade… dizer e ouvir esta expressão talvez tenha um efeito psicológico que faça as pessoas encararem o dia 1 de janeiro como algo mais do que simplesmente mais um feriado em que ficamos em casa enrolados no sofá, com a lareira acesa a ver a repetição da final do reality-show-qualquer-da-TVI, ainda com a dor de cabeça de quem bebeu um copito a mais do espumante de 99 cêntimos do Lidl. 
Mas não passa disso mesmo - mais um dia no calendário. A nossa vida não vai mudar por qualquer magia! O mundo não vai acabar. No dia 2 voltamos à nossa rotina no emprego que odiamos, aturar o dono, perdão - chefe - que desejamos estrangular, ouvir a nossa colega da contabilidade lamentar os 2 kgs de doces que comeu durante a época festiva e que agora está gorda e feia. Ouvir toda a gente no emprego partilhar as suas promessas de ano novo e reconhecer 99% delas como sendo as mesmas feitas um ano antes… e no ano antes desse.. e…. percebem a ideia!

Fazer promessas cuja intenção não é de as cumprir é a mesma coisa estar calado. Mas por uma qualquer razão, a mente humana não se sente bem se não as fizer. Além que as mesmas se tornaram praticamente uma tradição.No dia 31 de dezembro fazemos promessas de mudar a nossa vida a partir do dia seguinte. Vamos fazer dieta, deixar de fumar, passar menos tempo a trabalhar e mais com a família, sair mais com os amigos, etc, etc, etc… nem uma semana passa do “ano novo” e lá voltamos nós aos hábitos do “velho” - “Para o ano é que vai ser!” E a música repete-se em loop constante… até que damos por nós, passados 30 anos a fazer as mesmas promessas de “Ano Novo, Vida Nova”, mas a viver a mesma vida velha, ano após ano. Fará sentido? Talvez… 

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